21.9.10

Uma ou outra coisa.

O mar, por exemplo. Ainda que nem sempre eu vá de fato ao seu encontro. É algo que muitos dizem, é um clichê de quem mora em lugar de praia, de quem sempre morou. Tem um poema da Mara que diz mais ou menos essas coisas, cavar e encontrar água em qualquer lugar em que a gente estiver.

Andar à noite na ponte de Guarapari voltando pra casa, bêbado. O mar é uma substância espessa rebrilhando a cidade da qual eu passei tanto tempo fugindo.

E o verão. A minha estação super favorita do ano. As noites de verão. Porque eu nasci num lugar que só faz sentido no verão – em que há duas estações: os três meses de felicidade prometida e os outros nove de invernada, em que não há ninguém na rua depois das oito e você pode ir ao calçadão numa tarde de terça-feira e não há quase ninguém lá, a não ser uns velhinhos caminhando.

Aí no verão você quase não consegue andar no calçadão.

São coisas que eu acho importantes, o mar e o verão. Mesmo que façam 43 graus no Rio de Janeiro e que eu quase nunca vá à praia.

Mas faz um tempo que eu não volto ao Espírito Santo.

Talvez seja só saudade.
 

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