extras II
na estrada
o carro parecia
um pequeno inseto
de corpo fino
frágil
tão frágil
seguindo pelo corredor
que os caminhões
essas gigantes máquinas
de morte pensava ela
com a cabeça deitada
sobre o vidro
embaçado
criavam
o carro tremendo
como prestes a
desmontar na
tempestade de pesos
barulhos e cargas e buzinas
e asfaltos molhados
derrapantes
conversavam pouco
algumas frases sobre
Marianne
(a amante) até ela
começar a gritar:
pára, pára, pára
o carro! o que ele
assustado
fez
deixando o veículo morrer
lentamente
no acostamento
tenho que vomitar
não me siga
e saiu na chuva
seu corpo
definhando
ao atravessar a grossa parede
de água
se dissolvendo
esses contornos que
não mais
voltaram e
foram ressuscitar
longe dali.
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6 comentários:
putz! isso é de algum filme? qual? enfim... lindo! e cinematográfico!
beijos. te amo! e estou com saudades!
nunca mais digo que agosto é um grande mês!
haroldo
gaguxildo, aerado!
Pra te provar minha insistência!
Saudades!
inda mais bonito depois de se ver o filme. :D
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