19.4.09

extras IV

nenhum traço
se completa no
movimento
incessante
dos homens
que freqüentam o
café as folhas
do caderno voam
ao vento
e animam a
procura que nunca
nunca
acaba tem
nome certo
mas se perde
nos becos vielas
nas praças no
le aviatour
ao som de
blondie

1.4.09

extras III

a marteladas a
cidade desmorona
à nossa volta
procuramos os
lugares que conhecemos
as memórias do que
fomos
estão alagadas
submersas

a cidade desaparece
e tentamos aprender a
desaparecer junto
nosso amor
um edifício que
implode ao contrário e vai
para o céu,
de repente transformado
numa nave espacial

não saímos ilesos
mas vivos
ao som do concreto
explodindo no
encontro com o
metal
a cidade morre e
nós assistimos do
buraco na parede
do maior prédio que
achamos,
de mãos dadas,
enquanto o chão
começa a ruir.
 

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