7.5.10

barão geraldo

o ônibus se enche
aos poucos com
as vozes
outras vidas se
interpelam sem
rosto preenchem
a urgência
moldura vermelha
do caderno.
no terminal meio
abandonado e
vazio
na maior rodoviária
da américa latina
em qualquer
lugar: a profissão
de escutar
e depois
embaralhar as palavras
na névoa.
histórias
eternamente
abertas e
que não
esperam mais
nada
somos nós
que esperamos
agarramos a mochila
no colo com força
ouvimos tudo
aquilo que
podemos e voltamos
para casa.

3 comentários:

Raquel Galvão disse...

valeu a espera!
beijos, amigo.

kenialice disse...

quantidade absurda de lembranças afetivas pra um poema só. te amo e as suas palavras embaralhadas.
p.s. - eu juro que eu tento num deixar esses comentários bregas. mas, enfim.

Unknown disse...

eu quero voltar pra casa.
às vezes.
bjo
te amo.

 

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