cenas cariocas II
das coisas que você nunca diz em voz alta,
ao telefone
àqueles a quem desapontou.
o estudo da
poesia,
a forma específica de andar
nos corredores,
as histórias que cria
não têm fim, se emendam umas
nas outras
os personagens mudam de nome,
ela pinta quadros sem rosto
a outra escreve romances
de banca
você procura não mais
ouvir músicas tristes
não é épico e
você não está fazendo
certo
o problema nunca foi organizar o mundo
mas esquece que
o caos te alcança por
todos os
lados e
lentamente
tira seus olhos
de dentro
(esquece o dentro,
ele não serve mais pra nada)
o aterro zunindo na luz do
sol
nada está no lugar
eu acho que eu te amo
15.2.11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
fera demais! e não canso de repetir. beijo!
sem me pergunto pq betão escreve tão pouco!!! o Aterro é aquele lugar que serve para td. Vc pega bus no Aterro, tira foto, corre, toma água, toma ou nem vai mais.
Postar um comentário