15.2.11

cenas cariocas II

das coisas que você nunca diz em voz alta,
ao telefone
àqueles a quem desapontou.
o estudo da
poesia,
a forma específica de andar
nos corredores,
as histórias que cria
não têm fim, se emendam umas
nas outras
os personagens mudam de nome,
ela pinta quadros sem rosto
a outra escreve romances
de banca
você procura não mais
ouvir músicas tristes
não é épico e
você não está fazendo
certo
o problema nunca foi organizar o mundo
mas esquece que
o caos te alcança por
todos os
lados e
lentamente
tira seus olhos
de dentro
(esquece o dentro,
ele não serve mais pra nada)

o aterro zunindo na luz do
sol

nada está no lugar

eu acho que eu te amo

2 comentários:

Raquel Galvão disse...

fera demais! e não canso de repetir. beijo!

Leonardo ViSo disse...

sem me pergunto pq betão escreve tão pouco!!! o Aterro é aquele lugar que serve para td. Vc pega bus no Aterro, tira foto, corre, toma água, toma ou nem vai mais.

 

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